* Fábio Correa Xavier

A tecnologia nunca foi neutra. Ela reflete interesses, valores e, muitas vezes, disputas de poder que moldam o futuro da sociedade. A recente aproximação entre política e Big Techs, exemplificada pela criação do ambicioso projeto Stargate – uma parceria que reúne Trump, OpenAI, Oracle e SoftBank Group Corp. –, escancara como a inteligência artificial está se tornando não apenas uma ferramenta de inovação, mas também um ativo estratégico nas arenas do poder político e econômico. Com investimentos iniciais de US$ 100 bilhões, que podem atingir a marca de US$ 500 bilhões, esse projeto pretende criar uma infraestrutura de AI sem precedentes, mas levanta questões cruciais: quem define as regras do jogo? E quais são as intenções reais por trás dessa aliança?

No meu livro "Mapa da Liderança", exploro como as transformações digitais estão exigindo uma liderança baseada em ética, propósito e adaptabilidade. O futuro da inteligência artificial – e das decisões tomadas hoje por líderes globais – não é apenas uma questão técnica. É um debate sobre poder, transparência e sustentabilidade. Este artigo analisa as implicações dessa convergência entre política e tecnologia, destacando a responsabilidade dos líderes em moldar um futuro que priorize o bem-estar coletivo.

A aliança Stargate simboliza mais do que um avanço tecnológico – ela representa uma mudança fundamental no equilíbrio de poder. A parceria entre Trump e as Big Techs evidencia como a tecnologia deixou de ser apenas um campo de inovação para se tornar um recurso estratégico no cenário político. Ou seja, a liderança na era digital exige uma compreensão profunda de como o poder é redistribuído em um mundo onde empresas e governos estão cada vez mais entrelaçados.

 

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